Argumento
“Simplesmente perfeito! Imperdível tanto para fãs de Blade Runner como para fãs do estilo cyberpunk em geral.”
― Big Comic Page
“Da icônica paisagem urbana ao visual da delegacia de 1920, tudo é impecável nesta HQ. Nota máxima para a equipe de arte!”
― The Pullbox
Los Angeles, 2009.
O corpo de uma cientista da TYRELL CORPORATION que trabalhava num novo modelo de REPLICANTE é encontrado numa cena de aparente suicídio. O detetive CAL MOREAUX é designado para o caso. Determinado a encontrar a verdade, ele enfrenta uma conspiração gigante e perversa dentro da própria Tyrell.
Situada 10 anos antes do aclamado filme de Ridley Scott, esta é uma prequel oficial que traz o nascimento da unidade Blade Runner na polícia de Los Angeles e apresenta um novo herói para o panteão desta franquia inesquecível.
Sobre o Autor
K. PERKINS escreveu para Supergirl, Mulher-Maravilha e Batwoman, esta última lhe rendendo uma indicação ao prêmio GLAAD 2019 de Melhor Quadrinho. Ela também foi roteirista da série de TV Paper Girls (Amazon).
MELLOW BROWN é roteirista e já escreveu para a série de TV American Gods.
MIKE JOHNSON é um prolífico escritor de quadrinhos com inúmeros créditos que vão de Superman, Batman e Star Trek até a franquia Transformers.
FERNANDO DAGNINO em 2006, escreveu e desenhou Kasandra y la Rebelion, sua primeira HQ. Em 2007, começou a atuar no mercado americano de quadrinhos, desenhando em Superman, Supergirl, Mulher-Maravilha, Jovens Titãs, Liga da Justiça, Esquadrão Suicida, Tarzan, entre outros. Também trabalha em Smart Girl, sua série autoral aclamada pela crítica.
MARCO LESKO é brasileiro e colorista profissional de quadrinhos desde 2014. Ele trabalhou em Rat Queens, Assassin’s Creed, Doctor Who, Robotech, The Shadow e muitos outros títulos no Brasil e no mundo.
Prometeu acorrentado ao monolito do capitalismo, a grife Blade Runner nasceu em prosa, de um romance de 210 páginas publicado pela Doubleday Publishing em 1968, a partir dos originais de Philip K. Dick (1928-1968), e virou poesia na sequência, como prova a HQ que você tem em mãos.
Banhada em chuva ácida, a saga acompanha o detetive Cal Moreaux pelas vielas de uma Los Angeles distópica, com naves singrando o céu, é um derivado poético das reflexões existenciais de K. Dick sobre o papel humanidade numa era em que máquinas controlam cada passo que damos. Nestes tempos em que o celular virou amigo fiel, grande irmão de tantas jornadas, o mundo delineado pelo escritor a partir de uma visão catastrofista sobre o Amanhã se mostra essencial – ainda mais quando imantado pelo desenho do espanhol Fernando Dagnino. E essa essencialidade faz ponte entre a narrativa quadrinística e o cinema, onde o universo dos replicantes (máquinas de feições humanas, dotadas de inteligência artificial) idealizados por Philip ganhou tônus e virou um culto em torno de seu nome – e de sua estética.
À época de sua estreia, seu diretor, o inglês Ridley Scott, vivia uma fase de apogeu, por conta da consagração de seu longa-metragem de estreia, “Os Duelistas” (1977), e do fenômeno popular que se tornou seu filme seguinte: “Alien – O 8.º Passageiro” (1979). Com o carisma de Harrison Ford, o longa de Ridley gerou um padrão neo noir de direção de arte (indicada ao Oscar) e um olhar apocalíptico da tecnologia que redefiniram a maneira com que a arte passou a tratar o futuro, os robôs e as demasias que fazem a gente ser gente.
Rodrigo Fonseca é crítico de cinema, roteirista e dramaturgo